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terça-feira, 6 de março de 2018

LULA PODE SER PRESO ANTES DE SE LANÇAR COMO CANDIDATO

NEGADO HABEAS CORPUS DE LULA E AGORA QUEM O PT VAI INDICAR?

Castelo em ruínas. Lula não consegue habeas corpus.

Entendendo a sentença
Por unanimidade (5 votos a 0), a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou em julgamento nesta terça-feira (6) a concessão de um habeas corpus preventivo pedido pela defesa para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A decisão tem por base entendimento do STF , de outubro de 2016, segundo a qual a pena pode começar a ser cumprida após condenação em segunda instância da Justiça (caso do TRF). O habeas corpus preventivo impetrado pela defesa de Lula tinha por objetivo evitar essa prisão. A Lei da Ficha Limpa impede que condenados em tribunal colegiado – como o TRF-4 – de disputarem eleições.

Após proferir a sentença condenatória, os desembargadores do TRF-4 determinaram a prisão logo após a conclusão da tramitação – no próprio tribunal – dos recursos da defesa. Na mesma decisão, os cinco ministros da Quinta Turma do STJ negaram um pedido extra da defesa para suspender a inelegibilidade de Lula com a condenação de segunda instância.

Conhecendo o Réu
Luiz Inácio Lula da Silva nascido em 27 de outubro de 1945, "Lula" como é chamado popularmente pelo povo, é um político, ex-sindicalista e ex-metalúrgico brasileiro. Filiado ao Partido dos Trabalhadores, foi o 35.º presidente do Brasil, entre 2003 e 2010. Com carreira política feita no estado de São Paulo, foi o único presidente do Brasil nascido em Pernambuco. Lula bateu um recorde histórico de popularidade durante seu mandato, conforme medido pelo Datafolha.

Cofundador e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores (PT), no qual precisou lidar por anos com radicais que foram contra sua mudança de estratégia econômica após três derrotas em eleições presidenciais. Em 1990, foi um dos fundadores e organizadores, junto com Fidel Castro, do Foro de São Paulo, que congrega parte dos movimentos políticos de esquerda da América Latina e do Caribe. Programas sociais como o Bolsa Família e Fome Zero são marcas de seu governo, ambos reconhecidos pela Organização das Nações Unidas como os programas que possibilitaram a saída do país do mapa da fome.

Em 16 de março de 2016, pouco mais de cinco anos depois de ter deixado a presidência da República, foi nomeado ministro-chefe da Casa Civil, no segundo mandato de sua sucessora Dilma Rousseff. A nomeação foi criticada por juristas e pela imprensa, com base em gravações de ligações telefônicas de Lula, por ter, supostamente, o objetivo de evitar o impeachment contra a presidente, como também de obter foro privilegiado, dada a investigação da Operação Lava Jato. Lula é réu em sete ações penais, ao menos três das quais pela operação Lava Jato, um pela Operação Janus e um pela Operação Zelotes.

Em 12 de julho de 2017, foi condenado em primeira instância a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro. Foi a primeira vez na história do Brasil que um ex-presidente foi condenado criminalmente. No dia 24 de janeiro de 2018, Lula foi condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região em uma decisão unânime, estendendo sua pena para 12 anos e 1 mês em regime inicialmente fechado, com o direito de recorrer em liberdade.

Plano "B" do PT
A estratégia petista, liderada pela senadora Gleisi Hoffmann (PR), é manter o discurso em que se descarta a prisão de Lula e que o Supremo Tribunal Federal (STF) não permitirá que isso ocorra. Mas internamente, o PT já traça cenários para um plano B no caso de Lula não poder concorrer nas eleições. Correntes dentro do próprio partido debatem os perfis de possíveis candidatos. 

Publicamente, partido fala em defender candidatura Lula até o fim. Mas, internamente, novos cenários e estratégias são traçados para o caso de o ex-presidente ser mesmo impedido de concorrer. Dois nomes estão na linha de frente: o ex-governador baiano Jaques Wagner e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Pesa a favor deles o fato de que não são investigados e nem denunciados nos processos em curso pela Lava Jato.

Mas outros nomes pouco citados correm por fora, casos de Tarso Genro, ex-governador do Rio Grande do Sul, e de Aloízio Mercadante, ex-ministro da Educação e da Casa Civil na gestão Dilma Rousseff. 



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